Desvio de função – como saber se está acontecendo

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Um negócio deve funcionar de maneira em que todos os membros presentes possam se ajudar. No dia a dia de qualquer empresa é importante que algumas pessoas façam tarefas diferentes daquelas que se desempenham normalmente. Isso porque ajudar o colega também é importante.

Com toda certeza essa é uma das várias atitudes que melhor trabalha com os laços dentro da empresa. Fica, portanto, mais fácil criar boas relações, então acaba sendo algo benéfico tanto para a empresa como para o funcionário. Sem contar que os funcionários que atuam dessa forma acabam tendo algum destaque.

Porém, é interessante entender que realizar outra atividade não é trocar de função! O funcionário deve fazer aquilo que foi contratado. A ajuda para algum outro setor pode acontecer, mas ele não deve ser obrigatório.

Em alguns negócios, os donos acabam “obrigado” que o funcionário atue em diferentes áreas. Geralmente, naquela em que foi contratado e em outras.

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Problemas que podem surgir com isso

O primeiro grande problema quando acontece algo do gênero está relacionado com o abuso do empregador. Quase sempre, o profissional é forçado a atuar naquela área, mesmo sem grandes conhecimentos referentes a ela. Mas, isso também pode causar problemas para a empresa.

Além da desorganização, aqueles que utilizam do desvio de função para benefício da empresa podem entrar em algum processo trabalhista. Há situações legais que podem ser consideradas desvio de funções.

No momento da contratação, o profissional deve saber onde atuará. É essencial que fique claro suas atividades no negócio. Com as possíveis trocas que podem acontecer por conta de uma gestão ineficiente, o setor de recursos humanos deve ter uma atenção maior para a resolução dos problemas.

Por isso, antes de tomar qualquer atitude o negócio precisa conhecer o que é e como funciona o desvio de função.

O que é o desvio de função

A primeira e mais relevante característica quando falamos desse desvio é o processo. Geralmente, o funcionário é contratado para desempenhar determinada função, mas com o tempo acaba desempenhando outras, que nem sempre tem relação com suas habilidades.

A partir desse momento começa o problema. É necessário lidar com esse problema porque, além da sobrecarga de trabalho que o profissional terá, há também a falta de remuneração. Ou seja, pode receber o mesmo valor, mesmo trabalhando em diferentes áreas.

É negativo tanto para a empresa como para o contratado que algo do gênero aconteça. Por isso, é tão importante trabalhar com a gestão de pessoas dentro do seu negócio, facilitando diferentes processos.

Mas em que ocasiões ele de fato acontece

Veja bem, apesar do desvio acontecer em grande quantidade, nem tudo pode ser considerado. É importante saber em que momentos se configura. No geral, ele acontece toda vez que um funcionário está realizando outro trabalho que não tenha relação com sua função. Mesmo que seja por um pequeno período de tempo.

Um exemplo disso é quando há uma contratação específica para uma vaga. O candidato faz todo o processo, mostrando suas habilidades. Porém, ao começar atua em uma completamente diferente da sua. Pode acontecer até mesmo de perder completamente a função na primeira área.

Fica ainda pior quando há aumentos nas possibilidades. O desvio de função pode acontecer tanto para funcionários que atuam em dois locais ao mesmo tempo, como também para aqueles que acabam “trocando de cargo” por sempre precisarem atuar em um local diferente.

Como pode existir um aumento na carga de trabalho, essa prática é extremamente mal vista. Ele sempre estará atuando em duas funções, nesse caso.

O que faz caso esteja passando por essa situação

De fato, é complicado realizar algo para não contribuir com esse desvio. O funcionário pode acreditar que deve seguir todas as instruções de seu empregador, sempre. O medo de se comunicar com ele e perder o emprego é alto. Assim, muitos preferem passar por essa situação.

Dito isso, a partir do momento em que o empregador percebe o problema e mesmo assim continua realizando o mesmo, poderá ter grandes problemas no futuro. Existem diversos problemas que podem ser decorrentes dessa falta de cuidado.

Por exemplo, quando o empregador é demitido, ele poderá se sentir lesado. Assim, pode entrar com alguma ação na justiça contra a empresa. Assim, o negócio terá que pagar todos os direitos para aquela pessoa. Esses estão previstos em lei para o caso de desvio de função.

E, claro, também é necessário passar por uma grande dor de cabeça para resolver o problema. Ações judiciais, geralmente, são assim.

Como agir para evitar o problema

Se o funcionário perceber o problema, deve falar com seu empregador. Caso exista uma demissão logo após a comunicação, ele pode entrar com alguma ação na justiça por conta disso. É importante deixar claro ao empregador o que está acontecendo, alertando até mesmo dos problemas.

A empresa, por sua vez, também deve agir. Caso suspeite de algo do gênero, deve investigar mais. Poderá fazer isso a partir de:

  • Uma conversa sobre o ambiente de trabalho com seus funcionários;
  • Reuniões periódicas para rever as funções;
  • Conversas particulares;
  • Ações que podem melhorar a interação entre os profissionais;
  • Uma gestão de pessoas mais equilibrada.

Caso realmente seja necessário que aquela pessoa esteja em outro cargo, é possível fazer um outro contrato. Nele, o funcionário será readmitido e colocado na função que de fato está sendo desempenhada.

Por fim, outra informação de valor para as empresas é que elas não podem recorrer a um “pagamento por fora”. Essa prática é ilegal e acaba gerando mais problemas para a empresa.

Lembrando que é essencial saber quando o desvio de função realmente está acontecendo. Por isso, pode ser fundamental compreender o que é o acúmulo de função.

O acúmulo de função

Bem, aqui já falamos sobre o desvio, certo? Mas, é importante não confundir o desvio com o acúmulo de função. Isso acontece quando o funcionário é contratado para alguma atividade dentro da empresa, mas acaba, com o tempo, realizando outras.

A diferença é que, nesse caso, a atividade faz parte de sua função. Assim, acaba sendo um acúmulo de trabalho. Ou seja, acaba fazendo mais do que realmente é pago, tornando a rotina mais complexa.

O que pode ser feito nesses casos é pedir um aumento de salário. Assim, a situação pode ser equilibrada.

Por outro lado, assim como acontece com o desvio de função, é importante saber quando o acúmulo acontece. Não é em todas as ocasiões que realizar uma atividade diferente é considerada acúmulo.

Quando o acúmulo de função acontece

O funcionário precisa se ater a dois pontos fundamentais. O primeiro deles é a habitualidade com que isso acontece. Em outras palavras, a frequência com que tem que realizar outras atividades.

Caso tenha acontecido apenas uma vez, não pode se configurar nessa parte. Mas, existe outra maneira de destacar esse problema.

Caso a atividade seja diferente daquela que já realiza, a empresa poderá ter problemas sérios. Isso porque tal desvio acaba gerando muitos problemas para o funcionário, que foi contratado para algo muito específico.

Nem sempre o acúmulo deixará o profissional mais cansado. Porém, essa mudança na sua rotina é realmente problemática e precisa ser trabalhada para que não aconteça.

Por que é importante saber a diferença entre desvio e acúmulo de função

Para as empresas é auxiliar. Assim, pode ser criado um plano para que essa prática não aconteça, criando assim algumas estratégias que possam evitar esse problema e deixar a empresa em crescimento sem nenhum grande problema.

Por outro lado, para o funcionário que acaba passando por essa situação, é necessário ter um pouco de atenção. Saber a diferença fará com que consiga agir corretamente em ambos os casos. No geral, poderá ajudar para que consiga receber seus direitos.

Como já mencionado, o desvio e até mesmo o acúmulo de função são práticas que não devem acontecer. Portanto, é necessário compreender melhor sobre elas antes de realizar qualquer ação junto com a justiça.

Se um processo acontece, quem deve provar o desvio

Quase sempre, é o funcionário que deve provar seu desvio de função. Poderá realizar algo do gênero a partir de diversas ações, que falaremos no próximo tópico. Como é ele o mais prejudicado, acaba sendo fundamental que seja o responsável.

A prova também acontece porque o funcionário deseja receber algo por conta daqueles serviços prestados. Assim, o solicitante que deve oferecer provas, afinal, é ele que será beneficiado também.

Caso o empregado não tenha nenhuma prova, a instituição em que trabalha pode entrar em cena. Ela será responsável por destacar se existe algum acordo ou qualquer prova que deixa claro o contrário do que o funcionário falou.

Sobre a comprovação

Para começar a comprovar o desvio de função, é necessário observar bem se o contrato de trabalho prevê o que está fazendo na empresa. Verificar todas as informações para começar a entender se realmente aquela ação se configura como desvio. Afinal, se foi contrato ciente de algumas particularidades, não há desvio.

Depois dessa parte, basta reunir alguns documentos que comprovem tal ação. Pode ser muito útil documentos assinados, e-mails e diversos outros. Tudo que possa provar o ponto do funcionário.

Conclusão

O desvio de função é uma prática que já foi considerada muito aceita. Atualmente, a maioria das empresas prefere investir na gestão de pessoas. Assim, as funções dentro do local podem acontecer da maneira correta. Evitando, portanto, grandes problemas.

Em todo caso, se o funcionário estiver passando por essa situação, poderá entrar com uma ação na justiça. A partir desse momento, a empresa poderá sofrer muito com algumas ações.

 

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