A jornada de trabalho pode ser uma questão pouco explorada pelo empregado e pelo contratante. Nem sempre ela recebe a atenção que merece e por conta disso diversos problemas podem surgir.
Hoje a jornada de trabalho pode ser compreendida como o período diário no qual os colaboradores estão à disposição da empresa. Estando no local eles devem realizar as funções que foram designadas durante a criação do contrato de trabalho.
Com isso você precisa saber que, geralmente, esse é o primeiro ponto a ser definido quando há necessidade de uma contratação. É graças a ela que o setor de recursos humanos consegue gerenciar melhor as funções e oportunidades.
Para que possa entender melhor sobre essa jornada, hoje vamos passar todas as informações que precisa para compreendê-la em totalidade.
Primeiramente, o que é essa jornada de trabalho?
Você precisa entender que esse é o período estabelecido para o cumprimento de algum trabalho. Quando o funcionário tem uma função dentro da empresa é interessante que a carga horária seja criada para que ele possa fazer aquilo que foi solicitado.
Além disso, quanto mais tempo o empregado está dentro da empresa, mais ele receberá, entrando nessa soma horas extras.
Algo que muitos trabalhadores não sabem é que existem diferentes tipos de jornada de trabalho e cada uma tem suas próprias regras, certo? Essas são criadas com base no regime de CLT e por isso merecem uma atenção especial de sua parte.
A ideia é conseguir oferecer vantagens tanto para a empresa como para o empregado. Mas, antes de conhecer um pouco mais sobre as diferentes jornadas de trabalho, vamos entender porque é tão importante ter uma bem definida.
Por que a jornada de trabalho é tão importante
Bem, logo de cara é possível imaginar que uma ação como essa consegue oferecer mais organização para a instituição. Também é fácil ter um controle maior, o que facilita bastante o trabalho do funcionário, que saberá até quando precisa realizar certa função.
Vamos falar um pouco mais sobre o que a jornada de trabalho pode proporcionar para a empresa.
Maximização da produção
Com uma organização maior, é claro que há muita facilidade para que a produção seja maximizada. Para muitos é complicado gerenciar esse tempo porque não possuem uma jornada de trabalho bem idealizada.
Para as equipes que estão dentro de uma empresa é possível ter problemas com diversas áreas. Por exemplo, o estresse pode chegar com tudo para muitos funcionários que passam muitas horas dentro de um negócio.
Prejudicando o desempenho e desenvolvimento dos colaboradores, os projetos da empresa acabam ficando cada vez mais complicados.
Dito isso, para que tudo saia da maneira correta, é necessário alinhar a carga horária da forma mais correta possível, avaliando o desenvolvimento de cada funcionário também.
Avaliação do cenário feita com mais facilidade
A partir do momento em que você cria uma organização e começa a trabalhar com a produtividade extra, também ficará mais fácil realizar uma avaliação do cenário. Assim os líderes de uma empresa conseguem avaliar quais são os trabalhadores mais e menos produtivos.
Com isso se torna mais fácil avaliar alguns setores que estão menos desenvolvidos e que precisam de ajuda. Alguns podem até mesmo não conseguir chegar ao resultado desejado, o que é um grande problema.
Ações podem e são tomadas com mais facilidades quando há essa organização, não esqueça disso!
Consideração correta das horas extras
Um dos pontos mais importantes para quem trabalha em uma empresa é considerar fatores como as horas extras. Dito isso, a jornada de trabalho deve ser criada para desenvolver bem o tempo em que o funcionário passará dentro do estabelecimento exercendo sua função.
Com a jornada bem definida há também um melhor controle dessas horas extras. Dito isso, saberá o que está sendo ou não cumprindo e o que fazer para melhorar. Também fica mais fácil estabelecer o valor que deve ser pago pelas horas extras.
Para somar a isso, quem faz a análise poderá notar se os colaboradores estão realmente cumprindo com as 44 horas semanais que são previstas na CLT.
Agora que você já sabe desses pontos, vamos entrar um pouco mais na relação do funcionário e das possibilidades de jornada de trabalho.
Quais são os modelos de jornada de trabalho
Como dito acima, é necessário saber que tipo de jornada de trabalho irá seguir para conseguir realizar um bom cálculo das normas, horas extras e qualquer outro tipo de ação.
A maioria das que serão citadas aqui você já conhece, mas é importante saber as regras que estão relacionadas a elas também, acompanhe!
A jornada de trabalho integral
Essa é a mais comum e conhecida por quase todos os trabalhadores que atuam no regime de CLT. Ela prevê que o colaborador irá passar cerca de 44 horas por semana na empresa, ou seja, são cerca de 220 horas mensais, atualmente.
Essa jornada de trabalho é mais reconhecida porque as mudanças que são vinculadas a ela acabam sendo bastante comentadas em diversos canais de comunicação. Assim, para o trabalhador comum é com certeza a mais importante.
Jornada de trabalho em tempo parcial
Esse também é bem conhecido, sobretudo porque nos últimos anos passou por algumas alterações, sendo agora possível realizar dois tipos de contratação. Essa alteração aconteceu graças à reforma trabalhista.
Falando das contratações, a primeira é realizada com base na quantidade de 30 horas semanais. Nesse caso, não há possibilidade de realizar hora extra. A segunda, por sua vez, possui uma carga menor, com apenas 26 horas semanais, mas consegue oferecer a possibilidade de até 6 horas extras por semana.
Apesar de não ser o método mais utilizado, é importante que conheça ele.
A jornada do mensalista
O trabalhador que atua com mensalista segue algumas regras do regime de CLT para garantir seus direitos. Primeiramente, apesar de poder trabalhar nos dias de domingo e feriados, sua carga horária não pode ultrapassar a básica de 44 horas semanais.
Assim, mesmo que deva atuar durante os feriados, o dia será compensado ou terá que trabalhar menos.
Acaba sendo uma jornada de trabalho muito utilizada em mercados, por exemplo, onde a carga de trabalho é maior em dias como esse.
A jornada de trabalho reduzida
Em certas profissões há uma possibilidade de contratações com jornadas de trabalho reduzidas. Nesse caso, dependerá bastante da função do profissional e essa acaba sendo uma vantagem para o profissional e para a empresa.
Ele pode ser contratado a partir da sua carteira de trabalho e oferecer os serviços durante 4 a 7 horas. A empresa é beneficiada porque nem sempre vale a pena pagar tanto na jornada completa do profissional.
O profissional também ganha porque pode atuar em diferentes locais para completar seu tempo livre.
Sobre os intervalos nas jornadas de trabalho
Aqui também existem algumas regras que devem ser seguidas à risca para melhor compreensão. Assim, é necessário criar uma boa gestão do tempo para que a empresa não saia dessa regra e acabe tendo diversos problemas.
Primeiramente, quando falamos do intervalo você deve saber que ele está totalmente ligado a carga de trabalho do funcionário. Ou seja, o intervalo é oferecido de acordo com a quantidade de horas trabalhadas.
No regime de trabalho comum, que excedem 6 horas por dia é fundamental que a empresa ofereça pelo menos 1 hora de descanso para o profissional. Esse horário pode chegar até 2 horas, caso a empresa deseje.
Com a reforma trabalhista feita a pouco tempo, o tempo pode cair para até 30 minutos, desde que seja acordado entre ambas as partes.
Por outro lado, as jornadas que possuem até 6 horas de duração devem oferecer um período mínimo de 15 minutos de descanso. Esse tempo deve ser oferecido a partir da quarta hora trabalhada.
Por fim, quando o funcionário atua com até 4 horas de trabalho, como é o caso de jovens aprendizes, nenhuma empresa é obrigada a oferecer um tempo de intervalo. Apesar disso, a maioria dos contratantes oferece 15 minutos também.
Falando dos extras nas horas de trabalho
A jornada de trabalho compreende mais ações do que muitos pensam. Não é apenas o período que está dentro da empresa que conta, caso seja necessária uma ação profissional fora da mesma, até mesmo o tempo de deslocamento entra na conta!
Dito isso, algumas das considerações que devem ser feitas são referentes a:
- Hora extra: qualquer período que exceda o tempo normal de trabalho é considerado hora extra. Ele deve ser feito com um acréscimo de 50% na hora normal. Essa é uma regra prevista na legislação. Pode ser possível que exista uma redução na carga horária em outros dias;
- O deslocamento comum não é considerado na jornada de trabalho. No entanto, se o local de acesso a empresa for de difícil acesso, é possível que o tempo entre sim no cálculo;
- Por fim, em casos de faltas é possível que a quantidade de horas perdidas seja justificada, mas nem sempre é assim. Se não existir nenhum documento que explique sua ausência, acabará tendo problemas para conseguir provar.
Conclusão
Apesar de muitas empresas e até funcionários não buscarem informações sobre a jornada de trabalho, é trivial entender sobre ela para que saiba sobre todos os recursos que podem ser solicitados.
Aqui você conseguirá notar alguns pontos importantes, mas saiba que existem sempre mudanças acontecendo. A última foi a reforma trabalhista, que mudou completamente a interação do empregado com o contratante.
É necessário ter uma boa gestão para realizar um trabalho interessante com as horas. Considerar pontos como os períodos extras de trabalho e até o tempo de deslocamento em determinados casos é um grande diferencial.
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